Energia Solar Térmica Passiva
Esta energia tem um custo reduzido, nomeadamente em determinadas aplicações, permitindo uma boa racionalização dos consumos. Pode ser aplicada em qualquer edifício habitacional, escritórios ou industrial, sendo uma forma de maximizar o aproveitamento energético.
Um edifício, quando correctamente projectado e construído, capta, armazena e usa a energia solar que nele incide, funcionando como um sistema solar passivo.
Nos países do centro e norte da Europa, a energia solar desempenha um papel essencial no aquecimento dos edifícios, estimando-se que contribua com cerca de 40% da energia realmente consumida para esse efeito. Em países como Portugal, as técnicas solares passivas poderão também desempenhar um papel importante na atenuação do crescimento da procura de energia para arrefecimento ambiente.
O potencial de redução da procura de energia através de técnicas solares passivas é muito substancial. Melhorar o isolamento da envolvente, optimizar a localização, a área e a qualidade dos envidraçados, adequar a orientação do edifício às condições climáticas, utilizar sombreamentos e tirar partido da iluminação natural, são apenas algumas das inúmeras técnicas através das quais será possível evitar grande parte do consumo de energias convencionais em edifícios.
Em muitas das intervenções, o sobrecusto relativamente a uma construção sem preocupações energéticas é mínimo, sendo rapidamente recuperado em economias de energia e ganhos de conforto. A experiência austríaca demonstrou que a construção solar passiva aumenta os custos das habitações em menos de 4%, permitindo reduzir a energia necessária para aquecimento em 75%.
Em Portugal, a construção solar passiva está ainda numa fase embrionária. O conceito foi empregue, por exemplo, no projecto de um bairro de 91 moradias na aldeia de Nafarros, cujo consumo de energia deverá ser 15% inferior ao de moradias convencionais equivalentes. Em alguns dos edifícios da zona de intervenção da EXPO'98, as técnicas solares passivas foram também empregues, com resultados em alguns casos surpreendentes. Estima-se que as emissões de dióxido de carbono imputáveis ao consumo de energia do edifício dos serviços administrativos sejam 70% inferiores às de um