O Presente - século XXI

    Em Março de 2010 foi notícia a descoberta de um investigador do MIT, Emanuel Sachs, que anunciou ter conseguido aumentar a eficiência das células fotovoltaicas policristalinas, muito mais simples e baratas de fabricar.

    Com as inovações introduzidas pelo cientista, a eficiência destas células, 19.5%, aproximou-se da eficiência das células convencionais mas os custos de fabricação são muito mais baixos: as células de silício monocristalino custam cerca de 1.56 € por watt gerado; as primeiras gerações destas novas células policristalinas deverão custar 1.23 € por watt gerado, quando fabricadas numa escala industrial. De acordo com Sachs, a curto prazo este preço deve baixar para 0.97 € por watt. Como comparação, refere-se que o custo do watt gerado em centrais a carvão é de 0.74 €. Sachs afirma que novos revestimentos anti-reflexivos deverão permitir que as células solares policristalinas batam o preço do carvão por volta de 2012. As novas células solares policristalinas de alto rendimento são comercializadas pela empresa que fundaram, a 1366 Technologies.

    Para além dos Estados Unidos, outro país que tem investido muito em investigação nesta área tem sido a Alemanha que é já o maior mercado de células fotovoltaicas a nível mundial, deixando o Japão, outro país que tem investido massivamente na área, para trás. Ambos os países têm contribuído para tornar a energia solar fotovoltaica competitiva, baixando os custos de produção através do desenvolvimento de novas técnicas de produção e criando uma procura que ajudou as indústrias a ultrapassarem a massa crítica no mercado de energia.

    Em 2010, a Evonik e SolarWorld anunciaram a abertura de uma fábrica de produção de silício "solar" em Rheinfelden, na Alemanha, como parte do seu consórcio Joint Solar Silicon. O seu novo processo de produção de filmes ultra-finos de silício permite uma economia de até 90% da energia utilizado nos processos de produção convencionais. A nova fábrica terá uma capacidade de produção de 850 toneladas de silício "solar" por ano e a matéria-prima será fornecida pela fábrica de silano (SiH4) da Evonik.

    As células de filme fino, embora com uma eficiência em laboratório inferior às células de primeira geração, frequentemente permitem melhores resultados em comparação com as células clássicas nas aplicações reais do dia-a-dia, devido a perdas inferiores às temperaturas elevadas de funcionamento e a uma melhor eficiência em condições de baixa intensidade de luz. No entanto, o crescimento da fatia de mercado destas células tem sido limitado pela sua baixa disponibilidade no mercado. As células convencionais dominam por enquanto o mercado das fotovoltaicas e a falta de silício monocristalino  tem limitado o crescimento do sector e aumentado muito o preço deste material e, consequentemente, dos painéis fotovoltaicos.